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Juros bancários caem pela terceira vez consecutiva, diz Procon

Fundação ressalta que reduções "não foram muito expressivas" e criticou nível do spread, que considera elevado.

 

Agência Estado

 

Pesquisa da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) divulgada nesta segunda-feira, 9, mostrou queda das taxas de juros do empréstimo pessoal e do cheque especial, de 0,09 ponto porcentual e 0,01 ponto porcentual, respectivamente. Foi a terceira queda consecutiva apurada pela Fundação Procon.

 

 

Entretanto, a fundação ressaltou que as reduções "não foram muito expressivas" e criticou o nível do spread, que considera elevado. O levantamento foi realizado no dia 3 de março, junto ao Banco do Brasil (BB), Bradesco, Caixa Econômica Federal (CEF), HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.

 

No empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos foi de 5,80% ao mês, resultado inferior ao de fevereiro, que foi de 5,89% ao mês. A taxa equivalente ao ano foi de 96,80%. A Fundação Procon atribuiu o recuo no mês ao Banco Real, que foi a única instituição a diminuir sua taxa, de 7,35% para 6,36%. Na contramão, o HSBC foi o único a elevar a sua taxa, de 4,57% para 4,70% ao mês.

 

Os demais bancos mantiveram as taxas inalteradas. A taxa mais alta foi encontrada no Itaú (7,01%), e a mais baixa, na CEF (4,39%). Já no cheque especial, a taxa média verificada pelo Procon foi de 9,17% em março, ante a taxa de 9,18% registrada no mês anterior. No ano, a taxa média equivalente foi de 186,64%.

 

A única alteração no mês foi promovida pelo HSBC, que reduziu sua taxa de 9,57% para 9,47% ao mês. A menor taxa foi da CEF (7,35%), e a maior, do Safra (12,30%). A Fundação Procon-SP ressaltou que os cortes das taxas de juros aplicados pelas instituições financeiras devem ser vistos com cautela pelos consumidores. "Os spreads bancários estão em níveis muito altos, fazendo com que o Brasil lidere o ranking mundial da taxa de juros reais", apontou.

 

A entidade alertou aos consumidores que evitem dívidas, com a queda generalizada da renda, o orçamento apertado e a ameaça de desemprego. "Se puder, convém esperar taxas mais convidativas. Deve evitar, sobretudo, a utilização do cheque especial, que tem uma das maiores taxas do mercado", recomendou.